Agora que o Banco Central aumentou a taxa básica de juros, a Selic, diversos investimentos estão rendendo mais. Na coluna de hoje eu mostro quanto é preciso investir para receber em média R$ 1.000 por mês com aplicações de baixo, médio e alto risco.
Na aplicação de risco mais baixo que existe no Brasil, o Tesouro Selic, é preciso investir R$ 130 mil, aproximadamente, para se obter uma renda líquida de R$ 1.000 por mês, já descontando o Imposto de Renda.
Porém, quando se investe com o objetivo de fazer retiradas mensais, é importante considerar a inflação nos cálculos. Como referência, podemos pegar o IPCA, principal índice de preços do país, que acumulou uma alta de 4,2% nos últimos 12 meses.
Isso significa que, em um investimento de R$ 130 mil, você precisaria de um rendimento de R$ 432 por mês só para atualizar o valor pela inflação. Portanto, dos R$ 1.000 que você ganharia por mês, sobrariam apenas R$ 568 de rendimento real.
Caso você queira um rendimento real de R$ 1.000 por mês, precisará investir nada menos do que R$ 237 mil no Tesouro Selic. Nesse caso, você teria um rendimento nominal de R$ 1.828, dos quais R$ 828 seriam para corrigir o valor aplicado pela inflação.
Com fundos de investimento imobiliário (FIIs), que têm um risco médio, é possível obter uma renda em dividendos de R$ 1.000 por mês com um investimento total de, aproximadamente, R$ 121 mil.
Nesse cálculo não é preciso descontar a inflação, pois, em geral, os contratos dos fundos imobiliários já preveem um reajuste de acordo com os principais índices de preços.
Sendo assim, se você começar recebendo uma renda de R$ 1.000 por mês em dividendos, a tendência é de que esse valor, a longo prazo, seja corrigido pela inflação, no caso dos bons fundos imobiliários.