Mais de uma década após a legalização do casamento entre pessoas do mesmo sexo no Brasil, o tema ainda divide opiniões e evidencia os desafios na busca por igualdade. Desde 2011, o Supremo Tribunal Federal (STFreconhece essas uniões como entidades familiares, marcando um avanço histórico nos direitos civis. Contudo, o debate permanece cercado por resistências culturais e preconceitos.
Em Alagoas, os dados de uma pesquisa inédita conduzida pelo Ibrape mostra que 50% dos evangélicos são favoráveis ao casamento entre pessoas do mesmo sexo, enquanto 47% são contrários e 4% não sabem ou não opinaram. Entre os católicos, a maioria (51%se posiciona contra, 45% são favoráveis e 4% não têm opinião formada. (Veja abaixo mais detalhes da pesquisa)
No panorama geral, os números revelam que 49% dos alagoanos se declaram contrários à união homoafetiva, 47% são favoráveis e 4% não souberam ou não opinaram.
Apesar disso, o tema apresenta avanços significativos em algumas regiões do estado. No Agreste alagoano, 50% dos entrevistados se dizem favoráveis, enquanto 43% são contrários e 7% não souberam ou não responderam.
Em Arapiraca, a maior cidade da região, os números seguem a mesma tendência: 51% apoiam o casamento entre pessoas do mesmo sexo, 44% são contrários e 5% não opinaram.
A grande surpresa vem de Maceió. Apesar de ser uma capital onde o conservadorismo e a direita têm ganhado força nos últimos anos, 53% dos entrevistados se mostram favoráveis à união homoafetiva, enquanto 43% são contrários e 4% não sabem ou preferiram não opinar.
O apoio ao tema também é maior entre os jovens, especialmente nas faixas etárias de 16 a 24 anos e de 25 a 34 anos, além de ser predominante entre alagoanos com ensino superior, evidenciando mudanças geracionais e o impacto da educação na aceitação da diversidade.
Com cadaminuto