A Santa Casa de Maceió se tornou pioneira em Alagoas ao adquirir, em fevereiro de 2023, o primeiro robô cirúrgico do estado, o Da Vinci. Um ano e nove meses após o início do Programa de Cirurgia Robótica da instituição, o hospital alcançou a marca de mais de 400 procedimentos realizados com a ferramenta que ampliou as opções de tratamento minimamente invasivos para pacientes da região Nordeste.
Para o cirurgião Gustavo Mendonça, coordenador do Programa de cirurgia robótica, o trabalho realizado pela Santa Casa de Maceió começou com pé direito. “Isso se deve ao fato de já termos equipe treinada para realizar esse tipo de procedimento. Até aqui, novembro de 2024, realizamos mais de 400 cirurgias robóticas na Santa Casa de Maceió, único hospital de Alagoas que tem a tecnologia. Quando completarmos dois anos do Programa, teremos chegado, ou mesmo ultrapassado, os 500 procedimentos. Ficamos muito felizes em poder integrar o corpo clínico e fazer parte dessa história que só tem a beneficiar a população”, disse Mendonça.
Ainda segundo Mendonça, a medicina vivencia a terceira geração da cirurgia. “Antigamente, tínhamos que incisar (cortaro paciente, olhar aquela condição, tomar uma decisão, ir lá e executar. Hoje, através de pequenos furos e pequenas câmeras, conseguimos realizar os mesmos procedimentos, antes executados apenas de forma aberta, com o auxílio do robô”, destacou.
Desde a implantação do Da Vinci, foram realizadas cirurgias robóticas em várias especialiades, como em casos urológicos, de tórax, uroginecológicos, oncológicos e bariátricos.
“São várias questões nas quais o paciente é beneficiado com esse tipo de cirurgia. Para quem tem câncer de próstata, a cirurgia convencional, por via aberta, pode causar duas sequelas no paciente: incontinência urinária e a impotência sexual. Com a robótica isso é bastante minimizado, não exclui completamente, mas é bastante reduzido”, ressalta o coordenador do Programa de Cirurgia Robótica da instituição.
Para todas as patologias, entre os principais benefícios do uso da tecnologia estão a redução do risco de complicações, a diminuição do tempo de internação, menos dor no pós-operatório, além da recuperação precoce, com o retorno mais rápido às atividades habituais. Por ser menos invasiva, há também uma menor perda de sangue, menos risco de infecção e cicatrizes reduzidas.
“É importante ressaltar que o nosso Programa não contempla somente os pacientes de Alagoas. Com certa frequencia, recebemos pacientes de estados como Pernambuco, Sergipe, e Paraíba, que vêm até nós para executar a cirurgia robótica. Isso corrobora a solidez do Programa de Cirurgia Robótica da Santa Casa de Maceió”, enfatiza Mendonça.
SISTEMA ROBÓTICO – Equipado com braços que desempenham várias funções, como a manipulação de tecidos delicados (sutura, corte e dissecção), geração de imagens que auxilia a cirurgia endoscópica com amplitude de movimento, visão 3D e filtro de tremor, o sistema robótico proporciona mais assertividade para o cirurgião e, consequentemente, mais segurança para o paciente.
Ao contrário do que muitos imaginam, o robô não é autônomo, ou seja: ele não faz nenhum movimento de forma independente. “Ele funciona como uma ferramenta que conecta o médico com o paciente. Esse cirurgião precisa ter experiência e treinamento nesse tipo de tecnologia para executar o procedimento robótico. O robô veio para resolver várias questões que existiam na cirurgia laparoscópica convencional, contribuindo para cirurgias mais precisas”, finalizou Gustavo Mendonça.
Diretor Técnico Médico
Artur Gomes Neto
CRM-AL 2503/RQE 1874
Silvanio Rocha com: Acessoria de comunicação Santa Casa de Misericórdia de Maceió